Osho começa assim: “quando a criança nasce a primeira coisa de que se torna consciente não é de si mesma mas do outro… os olhos abrem para fora, as mãos tocam no outro, os ouvidos escutam os outros, a língua saboreia a comida e o nariz cheira o exterior.”
Abraçamos a ilusão de quem somos, desde o primeiro dia neste planeta – assim, nasce o ego: aquilo que pensamos que somos mas que, afinal, não somos.
A arte de escutar o nosso coração, o encontro com a nossa essência única e genuína é, assim, esquecida – agravado pelo facto de vivermos em sociedades de amor condicionado, onde padrões e códigos culturais se encarregam da moldagem de comportamentos. O respeito não existe e, é, até, muitas vezes, confundido com medo, revelando como a humanidade vive confusa.
Vive-se adormecido, acreditando que somos aceites e amados quando dizemos, “somos”, fazemos e temos aquilo que a sociedade valida positivamente – na maioria das vezes, de acordo com os interesses instalados.
São criados sistemas de crenças: ideias limitadoras de como a vida deve ser vivida, bloqueios mentais que nos colocam no mundo ilusório da expectativa e que nos afastam do momento presente.
O travão à espontaneidade é acionado. Quando a espontaneidade não é aceite instala-se o julgamento: o julgamento para connosco próprios, o julgamento de nós para com os outros e o julgamento dos outros para connosco.
Quando julgamos temos a consciência fechada ao conhecimento, ao amor e à alegria. Vivemos na ilusão da ilusão da sociedade que está muito longe de alcançar o verdadeiro motivo porque estamos aqui: crescer no amor incondicional e na alegria.
Esta ausência de consciência de nós próprios leva-nos a ter comportamentos tóxicos connosco próprios e com os outros, a ter um relacionamento tóxico connosco próprios e com os outros.
Mais um texto a reflexão sobre o nascimento e vida com a qual crescemos